
No dia 8 de março de 2016 a ONU Mulheres Brasil em conjunto com a Secretaria Adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal lançaram cartilha “Vamos Conversar?”.
A cartilha foi criada pela designer e quadrinista Carol Rossetti e busca divulgar informações sobre o fenômeno da violência doméstica e familiar contra as mulheres, a Lei Maria da Penha e está voltada à garantia de direitos das mulheres. A Carol demonstra nos quadrinhos situações de relacionamentos abusivos vividos por cada uma das personagens da cartilha. Para completar esse trabalho lindo, a cartilha ainda contém um questionário importante, onde através de perguntas simples a mulher consegue identificar se está em um relacionamento abusivo.
Infelizmente a cartilha impressa só está disponível em Brasília, mas você pode acessar a cartilha gratuitamente abaixo ou por este link:
A Carol Rossetti ficou conhecida nas redes após o fenômeno que foi seu projeto Mulheres. O sucesso foi tanto que acabou virando livro, publicado pela Editora Sextante. Conheça um pouco mais:

Mulheres, por Carol Rossetti
Em 2014, a ilustradora Carol Rossetti começou a desenhar mulheres diversas para testar seus lápis de cor. Nunca poderia imaginar que suas criações despretensiosas ganhariam o mundo e iriam viralizar na internet a ponto de se tornarem matéria na CNN. Com um traço característico e frases inspiradoras, Carol quebrou tabus e espalhou uma mensagem que ecoou em mulheres do mundo todo: somos fortes, merecedoras de respeito e especiais do jeito que somos, independentemente de opiniões e julgamentos alheios.
Agora, essa mensagem ganha o formato de livro e inclui textos sobre os temas centrais abordados em suas ilustrações, como corpo, estilo, identidade, relacionamentos e superação. “Existem mulheres negras, brancas, morenas, latinas, asiáticas, indianas, indígenas. Existem engenheiras, donas de casa, prostitutas, senadoras, artistas, executivas, atrizes. Há mulheres cegas, surdas, mudas. Mulheres bipolares, deprimidas, ansiosas. Existem heterossexuais, lésbicas, bissexuais, arromânticas, pansexuais, assexuais. Mulheres cristãs, ateias, budistas, islâmicas.
“Há mulheres que não são ativistas, que nunca ouviram falar em feminismo, que nunca discutiram racismo. Mulheres que lutam de formas diferentes, a partir de ideias que não conhecemos. Existem mulheres que têm vergonha de compartilhar suas escolhas por medo de serem julgadas. E mulheres que discordam de tudo isso que eu disse até aqui. Cada uma tem sua própria história, e acredito que todas elas merecem ser ouvidas e representadas. Minha abordagem será abrangente, convidando todos os que dividem comigo essa ideia de liberdade a celebrar a diversidade do ser humano. Pode entrar, sente-se onde quiser, pegue um café. Estão todos convidados.” – Carol Rossetti
Além de Mulheres, a Carol também tem um projeto muito lindo chamado Cores, são pequenas histórias sobre um grupo de crianças que, como todos nós, são muito maiores por dentro do que por fora, e se recusam a se espremer em pequenas caixinhas de convenções.

Minha admiração pela Carol Rossetti e seu trabalho não para de crescer. Em suas ilustrações a artista aborda temas que precisam ser discutidos com urgência na sociedade. Conversando com o feminismo interseccional (ou seja, o diálogo que inclui pessoas de várias etnias, sexualidades, classes sociais, etc), Carol deixa por onde passa um rastro colorido e cheio de luz.