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Resenha | Persépolis: Será que quadrinhos são só coisa de herói?

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Eu costumava achar que quadrinhos se resumiam apenas aos super-heróis da Marvel ou DC – que eu também adoro – do Maurício de Souza ou então as charges de jornal. Mas o tempo que trabalhei em uma livraria me permitiu conhecer pessoas maravilhosas, um dos maiores presentes que já ganhei foram as amizades que fiz lá.

E foi por indicação de uma dessas queridas amizades que comecei a me aventurar pelo mundo dos quadrinhos adultos. Trazendo temas como política, desigualdade, sociedade, feminismo e até mesmo religião, as HQs tem adquirido um teor mais instrutivo e revolucionário.

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Ótimo exemplo desse gênero é o livro Persépolis, da autora Marjane Satrapi, publicado no Brasil pela Companhia das Letras. No livro, que faz um mix de ficção e autobiografia, a quadrinista conta como foi crescer durante os anos mais difíceis da história recente do Irã, incluindo a Revolução Islâmica de 1979 e a guerra contra o Iraque. Marjane cresceu em uma família moderna, liberal e politizada no Irã, país marcado pelo extremismo e machismo. Com um humor ácido, a autora relata suas experiências de vida, que anda de mãos dadas com a própria história do Irã e do islamismo.

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A história em quadrinhos foi sucesso em todo mundo e virou até um filme em 2007. Persépolis foi um difícil de digerir nas primeiras páginas, um choque cultural e tanto.

 Fiquei assustada por estar, pela primeira vez, lendo relatos pessoais do tipo de absurdo ao qual as pessoas foram submetidas. Mas é o tipo de livro que abre os seus olhos e te emociona do começo ao fim, e te faz querer ler mais e mais quadrinhos do gênero. Apesar de leve e fluido, ele me tirou da zona de conforto e foi uma experiência maravilhosa! Já tem mais livros da Marjane na minha lista!

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